Alexandre Romariz Sequeira, 1961. Belém-Pa.







Formado em arquitetura pela Universidade Federal do Pará-UFPa em 1984, é professor do Instituto de Ciências da Arte da mesma universidade, Especialista em Semiótica e Artes Visuais e Mestre em Arte e Tecnologia pela Universidade Federal de Minas Gerais-UFGM. Artista plástico e fotógrafo, desenvolve trabalhos que utilizam a fotografia como vetor de interação e troca de impressões com indivíduos ou grupos.







segunda-feira, 1 de junho de 2015

ALEXANDRE SEQUEIRA

na 
LUCIANA CARAVELLO ARTE CONTEMPORÂNEA / RJ

segunda-feira, 2 de junho de 2014

CONFIRA A DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE ALEXANDRE SEQUEIRA
"ENTRE LAPINHA DA SERRA E O MATA CAPIM"
PELO ENDEREÇO ELETRÔNICO:
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/JSSS-8CMMP3/disserta__o_alexandre_sequeira___entre_lapinha_da_serra_e_o_.pdf?sequence=1

domingo, 25 de maio de 2014

Cerco à memória | 2008



O fim de uma viagem é apenas o começo doutra.
José Saramago

Afinado com as palavras de Saramago, Alexandre Sequeira segue sempre em viagem sem medir distâncias, o prazer do caminho está na cidade por conhecer, no retorno ao lugar, nas relações afetivas que estabelece com as pessoas. Cenas, imagens e histórias vão constituindo-se e sendo compartilhadas; foi o caso de Mocajuba, Lapinha da Serra. A força do encontro situa-se no fio da memória, nas experiências vividas, no prolongamento do terno abraço que reafirma a estima ao corpo do outro. Em 2008, sucessivas viagens o conduziram às comunidades quilombolas, aos assentamentos de pequenos agricultores. Desta vez a intranquilidade rondava o ambiente, o colocava em meio às tensões, às ameaças, muitas vezes silenciosas. Memória e relatos trouxeram de volta as ações noturnas de apagamento, a cortante crueldade de eliminar as lembranças, retirar os vestígios dos mortos, dos antepassados, da simbólica resistência que pairava sob a terra. O artista não deixa passar impune o que escuta e vê, com sua imagem, nos coloca no centro do fogo, nos insere na situação de risco, nos faz pensar sobre os cemitérios  que foram e são incendiados na ilusão de exterminar laços de parentesco, de afeto.
O cerco à memória deixa as marcas do túmulo violado, mas não consegue retirar a trágica cicatriz que permanece no corpo vivo que narra a sua história.


                                                                                    Marisa Mokarzel

* Texto escrito para a Sala Especial do Arte Pará 2013.



Apenas uma questão de tempo | 2008


O corpo-imagem estirado no chão frio da galeria anuncia a despedida de si mesmo. De suas entranhas a transmutação constante. Quem poderá estancar o fluxo poderoso da vida? Diante de nós, o desmoronar silencioso que tanto apavora. Shiva, o destruidor. Finar-se a cada instante, envelhecer, craquelar-se. A eternidade posta em cheque na fragilidade da matéria que se esvai. A ruína da carne. Apenas uma questão de tempo, murmura a aparência do corpo.
A decomposição do papel de arroz - onde a juventude está impregnada - anuncia a passagem para outro plano de existência: a perenidade conclamada no punctum primordial da imagem. O pungir necessário à permanência de significado que acompanha toda a trajetória poética da humanidade. A individualidade assimilada pela sensibilidade do outro. A coletivização do ser. Cabe a cada um de nós devorar este corpo-imagem para que ele sobreviva. Cabe a nós metabolizar o brotar dos grãos de arroz que negam a inexorabilidade do fim.


Armando Queiroz

* Texto escrito para a Sala especial do Arte Pará 2013.

Impressão fotográfica em papel de arroz (Detalhe).



Vídeos com Alexandre Sequeira

Esta é uma lista de endereços eletrônicos onde você pode conferir alguns vídeos com Alexandre Sequeira: